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Escrevo diante da janela aberta.
Minha caneta é cor das venezianas: Verde!…
E que leves, lindas filigranas
Desenha o sol na página deserta!
Não sei que paisagista doidivanas
Mistura os tons… acerta… desacerta…
Sempre em busca de nova descoberta,
Vai colorindo as horas cotidianas…
Jogos da luz dançando na folhagem!
Do que eu ia escrever até me esqueço…
Pra que pensar?
Também sou da paisagem…
Vago, solúvel no ar, fico sonhando…
E me transmuto… iriso-me… estremeço…
Nos leves dedos que me vão pintando!
-Mário Quntana-
publicado no livro A Rua dos Cataventos (1940).
Mais sobre Mário Quintana em
http://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%A1rio_
http://technorati.com/tag/M%C3%A1rio+Quintana
By Juli Ribeiro
Te amei: – era de longe que eu te olhava
e de longe me olhavas vagamente…
Ah, quanta coisa nesse tempo a gente
sente, que a alma da gente faz escrava…
Te amava: – como inquieto adolescente,
tremendo ao te enlaçar… E te enlaçava
adivinhando esse mistério ardente
do mundo, em cada beijo que te dava!
Te amo: – e ao te amar assim vou conjungando
os tempos todos desse amor, enquanto
segue a vida, vivendo… e eu, vou te amando…
Te amar é mais que um verbo, é a minha lei:
– e é por ti que o repito no meu canto:
te amei, te amava, te amo e te amarei!
J.G de Araujo Jorge
By Juli Ribeiro
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